Ataque a Alcochete: arguidos levados por erro para Montijo em vez de Campus da Justiça
Sessão esteve interrompida devido a erro das autoridades que transportaram arguidos em prisão preventiva.
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A sessão de instrução do processo da invasão à Academia do Sporting, em Alcochete, foi interrompida depois de alguns dos arguidos que estão em prisão preventiva terem sido transportados por erro dos serviços prisionais para o Montijo e não para o Campus de Justiça de Lisboa.
Esta previsto que os arguidos cheguem ao campus da Justiça de Lisboa pelas 13h30.
Durante a manhã esteve na sessão o antigo líder da juve leo, Fernando Mendes, e também o antigo oficial de ligação do clube com as claques, Bruno Jacinto, ambos em prisão preventiva.
Esta terça-feira, dia em que prossegue a greve dos funcionários judiciais, está agendado o interrogatório de quatro arguidos: Hugo Ribeiro (10h00), Celso Cordeiro (11h00), Sérgio Santos (14h00) e Elton Camará (15h00).
Na quarta-feira, pelas 10h00 e 14h00, estão marcados, respetivamente, os interrogatórios a Eduardo Nicodemus e ao antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho.
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O início da fase de instrução do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, no distrito de Setúbal, já teve dois adiamentos, originados pela apresentação, por parte de advogados de arguidos, de três pedidos de afastamento do juiz Carlos Delca do processo, todos indeferidos pelo TRL.
Em prisão preventiva mantêm-se 36 dos 44 arguidos no processo, incluindo o líder da claque Juventude Leonina (Juve Leo), Nuno Vieira Mendes, conhecido como 'Mustafá', que viu em 06 de junho o Supremo Tribunal de Justiça negar-lhe uma providência de 'habeas corpus' (pedido de libertação imediata) e o ex-oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto.
O antigo presidente da claque Juve Leo Fernando Mendes mantém-se ainda em prisão preventiva, uma vez que o juiz Carlos Delca ainda não decidiu sobre o requerimento apresentado pela procuradora Cândida Vilar, no qual pede que este arguido seja posto em liberdade, com base num problema de saúde grave.
Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, em 15 de maio de 2018, o Ministério Público imputa-lhes na acusação a coautoria de crimes de terrorismo, de 40 crimes de ameaça agravada, de 38 crimes de sequestro, de dois crimes de dano com violência, de um crime de detenção de arma proibida agravado e de um de introdução em lugar vedado ao público.
O antigo presidente do clube Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 de ofensa à integridade física qualificada, de 38 de sequestro, de um crime de detenção de arma proibida e de crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.
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