Anular um casamento católico é a partir de hoje mais fácil e rápido e por isso com essa simplificação dos processos, a igreja portuguesa espera um aumento dos pedidos de anulação dos casamentos católicos.
Corpo do artigo
A Igreja Católica Portuguesa espera um aumento dos pedidos para anular casamentos católicos. Esta terça-feira marca o início das novas regras decretadas pelo Papa.
Conseguir a anulação de um casamento católico vai continuar a ser apenas possível em alguns casos muito particulares.
O padre Manuel Barbosa, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, explica que a ideia não é banalizar estas situações. Para a Igreja o matrimónio continua a ser indissolúvel e as razões para quebrar essa regra não mudam.
Aquilo que muda a partir de hoje é um processo que o Papa classificou como "injusto", "caro" e "demorado".
Manuel Barbosa explica que a partir de agora basta, por exemplo, que seja um dos cônjuges a pedir a nulidade do casamento e deixa de ser obrigatória a existência de decisões idênticas de dois tribunais eclesiásticos sobre o mesmo caso.
Os casos mais simples poderão ser resolvidos em "poucos dias ou um mês" e os outros no máximo de um ano, sendo que até agora estes processos podiam demorar "muitos anos".
Outra novidade imposta pelo Papa é a gratuitidade destes processos, apesar dos custos que eles têm para a Igreja que tem de contar com juízes, psicólogos ou outros especialistas que avaliem os motivos apresentados para anular o casamento.
Com mais rapidez, a igreja católica portuguesa está à espera de um aumento dos pedidos de nulidade dos casamentos. Manuel Barbosa admite que isso vai acontecer sobretudo nos casos "mais claros e que em pouco tempo" pode ser declarado o fim do casamento.
Em 2014, a Igreja Católica apenas anulou 200 casamentos em Portugal.