Ativistas climáticos marcham em direção ao aeroporto de Lisboa para "parar os aviões". Há quatro detidos

Perto de meia centena de ativistas climáticos iniciaram este domingo, pelas 16h15, uma marcha em direção ao aeroporto de Lisboa para criar uma “disrupção da hora de pico dos voos”. O protesto acabou com quatro detidos e com uma vigília em frente à esquadra dos Olivais.

O protesto organizado pelo movimento ambientalista Climáximo começou às 15h00 na rotunda do Relógio, com o objetivo de "travar a crise climática” e exigir transportes gratuitos.

Exibindo cartazes com as inscrições “Menos Avião, Mais Habitação” ou “Desarmar a indústria fóssil”, os ativistas, vestidos com camisolas amarelas, gritavam palavras de ordem como "Nem na Portela, nem Alcochete, aeroporto para o cacete" ou "Montenegro presta atenção vamos acabar com a indústria da aviação".

"Hoje criámos disrupção na infraestrutura mais poluente e emissora do país com os nossos próprios corpos, demonstrando a força do poder e da democracia popular. O aeroporto é a infraestrutura em Portugal mais responsável pelo agravamento da crise climática, e as empresas da indústria da aviação enchem os bolsos à custa da gentrificação das cidades e da queima do planeta." (porta-voz Maria Lourenço)

Durante a assentada, quatro pessoas foram detidas e outras duas foram identificadas pelas autoridades no interior do aeroporto. Como resposta, os ativistas continuaram o protesto em formato vigília em frente à esquadra dos Olivais. Por lá aguardavam a libertação das pessoas detidas.

Em comunicado, a PSP adianta que pelas 16h30, junto à zona de check-in do Terminal 1 do Aeroporto Humberto Delgado, houve necessidade de identificar dois homens, com 34 e 40 anos de idade, bem como apreender duas tarjas por suspeitas que fossem ser "usadas de forma ilícita" e que pudessem vir a "perturbar o normal funcionamento da atividade aeroportuária".

Já pelas 17h20, na rotunda junto ao Posto de abastecimento de combustível da BP no Aeroporto, foram detidos dois homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 20 e os 42 anos, por crime de desobediência.

A PSP adianta ainda que todas as situações foram já oportunamente comunicadas ao Ministério Público.

Notícia atualizada às 20h51