As audições do ex-adjunto e da chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas duraram mais de 12 horas.
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A audição do ministro das Infraestruturas estava marcada para as 17h00, mas os documentos da CPI à TAP, divulgados esta manhã pelo Parlamento, tinham agendada a ida de Galamba ao Parlamento para as 14h10. Entrentanto, o lapso foi corrigido e a audição mantém para as 17h00.
O ministro João Galamba irá explicar aos deputados as contradições em torno do conflito com o ex-adjunto Frederico Pinheiro, que ontem foi ouvido durante mais de cinco horas.
João Galamba já fazia parte da lista de personalidades a inquirir pela comissão de inquérito, que está a deixar para o fim os políticos, mas, face ao conhecimento público de uma reunião preparatória entre o grupo parlamentar do PS, membros de gabinetes do Governo e a ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, na véspera da audição na comissão de Economia, em janeiro, e consequente polémica sobre as notas daquela reunião, a audição do governante foi antecipada.
O referido caso remonta a 26 de abril, envolvendo denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.