Aumento das contribuições resulta do "extraordinário aumento do emprego e dos salários"
Frente a uma plateia de economistas, Mário Centeno volta a defender o OE2020. A oposição não distingue impostos de contribuições, diz.
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O ministro das Finanças continua a rejeitar a ideia de que o Governo fez o maior aumento de sempre da carga fiscal no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).
Em declarações na 15.ª Conferência Anual da Ordem dos Economistas, Mário Centeno explica que a oposição confunde conceitos e mistura impostos com contribuições sociais.
"Como é que é possível não conseguirmos ter um debate em que imposto se distinguem de contribuições?", questiona. "Tem-se recorrido a um indicador que não considera apenas impostos, mas também as contribuições sociais, cuja evolução se deve a fatores que não têm a ver com a receita fiscal".
Ora, reforça o ministro, "o aumento da receita de contribuições sociais resulta essencialmente do absolutamente extraordinário aumento do emprego e dos salários que se observou em Portugal nos últimos anos".
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Mário Centeno rejeita também a existência de um valor fantasma no orçamento de 590 milhões de euros, afirmando que esta prática da verba cativa já vem de longe.
"A despesa financiada por receitas de impostos fica sempre parcialmente por executar (...) foi por isso que escolhemos o valor de 590 (milhões de euros], que, sendo um valor conservador, é uma boa estimativa da despesa de receita de impostos que não é executada no próprio ano."
Em defesa do Orçamento do Estado frente a uma plateia de economistas, Mário Centeno defende ainda que é um contrato com as "gerações futuras".
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