A conclusão faz parte de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde que revela que apenas 1% dos inquiridos admitiu não ter recorrido ao Serviço Nacional de Saúde devido às taxas.
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A investigação, coordenada pelo economista Pedro Pitta Barros, procurou perceber que caminho seguiu quem se sentiu doente no último ano.
No estudo sobre o impacto das taxas moderadoras na utilização de serviços de saúde foram realizados inquéritos a 1.254 pessoas, que representam 8 milhões e meio de habitantes.
A principal conclusão revela que apenas cerca de 1% dos inquiridos afirmam não ter recorrido ao Serviço Nacional de Saúde por causa das taxas moderadoras. Entre as pessoas com situação sócio-económica mais frágil, só 12% assumem limitações financeiras.
Para Pedro Pita Barros estes dados mostram que o aumento das taxas não tem sido um impeditivo.
Entre as principais barreiras no acesso a cuidados de saúde não surgem as taxas moderadoras ou os transportes mas a despesa com medicamentos.
Quanto às urgências hospitalares, o estudo conclui que as taxas não estão a ter o efeito moderador esperado.
Nota ainda para o reduzido recurso à linha saúde 24. O grupo de estudo concluiu que este serviço tem sido negligenciado pela população.