Preço dos medicamentos mais baratos aumentaram 5% desde janeiro.
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A associação de defesa do consumidor Deco Proteste questiona a fórmula do Governo para combater as falhas de alguns medicamentos.
O ministério da Saúde decretou em janeiro uma revisão excecional do preço dos medicamentos. Os mais baratos - até 10 euros - aumentaram 5% e aqueles com preços entre 10 e 15 euros subiram 2%, mas até agora mantém-se o problema de rutura de stocks.
Susana Santos, porta-voz da Deco Proteste, afirma que os aumentos vão de alguns cêntimos a alguns euros, quando havia outra forma de resolver o problema sem castigar os consumidores.
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"Numa situação de um doente polimedicado, ou seja, que faça vários medicamentos, o aumento pode chegar a 2,5 euros. Isto pode parecer pouco, mas temos que pensar que as pessoas polimedicadas, por norma, são populações mais vulneráveis, com rendimentos mais baixos."
"A Deco Proteste defende que para combater a escassez de medicamentos se faça um rigoroso plano de gestão de stocks - o reforço do dos stocks de segurança quer da indústria quer das farmácias, sem que isso tenha algum impacto no normal funcionamento."
Outra forma de poupar, segundo a Deco Proteste, é optar sempre por medicamentos genéricos e depois, entre estes, escolher também o mais barato.
O ministério da Saúde afirmou, em janeiro, que os problemas na produção e distribuição de medicamentos têm afetado de forma transversal os países europeus, com reporte público de situações de indisponibilidade de fármacos, correspondentes a casos em que se torna mais difícil acomodar os efeitos da inflação e em que existe o risco de estes produtos serem retirados do mercado.