Mais de um milhão de remunerações do setor privado devem subir se o Governo chegar a 2023 com 750 euros de salário mínimo.
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Quase 60% dos trabalhadores por conta de outrem, do privado, têm uma remuneração base inferior a 750 euros, a meta anunciada pelo primeiro-ministro para o Salário Mínimo Nacional em 2023.
As contas são feitas com base nos dados de 2017, últimos disponíveis, consultados pela TSF no Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Pelas cálculos da TSF, a percentagem de trabalhadores a ganhar de base, mensalmente, até 750 euros tem rondado sempre, desde pelo menos 2010, os 60%, percentagem que no último ano disponível, 2017, desceu ligeiramente para os 58,4%.
Em 2017, num total de 2,1 milhões de trabalhadores por conta de outrem contabilizados nesta enorme base de dados, 1,3 milhões tinham uma remuneração mensal base até 749,99 euros.
Ou seja, nesse mesmo ano 35,1% dos trabalhadores ganhavam até 599,99 euros e 23,3% entre 600 e 749,99 euros.
Do outro lado, 15,6% recebiam de base entre 750 e 999,99 euros, 14,1% entre 1.000 e 1.499,99 euros e apenas 11,5% mais de 1.500 euros.
Os números anteriores estão disponíveis nos chamados Quadros de Pessoal compilados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e resultam de informações enviadas por grande parte das empresas com trabalhadores por conta de outrem. Não incluem, contudo, a administração pública e algumas empresas que não comunicam estas informações.
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