Associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP dizem que valor de 25 euros mensais é uma «esmola» e não chega para compensar cortes salariais.
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As associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP consideram insuficiente o aumento, em 25 euros mensais, do subsídio de fardamento apresentado pelo ministro da Administração Interna.
Citadas pela agência Lusa, as associações socioprofissionais da GNR lembram que 300 euros por ano não dão para comprar um equipamento novo e classificam de «meramente simbólico» o aumento do subsídio de fardamento uma vez que que não vai compensar os cortes salariais.
Também os sindicatos da PSP consideram hoje que o aumento do subsídio de fardamento é «manifestamente insuficiente» para minimizar os cortes salariais, sublinhando que o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, apenas pretende «acalmar eventuais protestos».
O principal sindicato da PSP - a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) - vai um pouco mais longe. Ouvido pela TSF, o dirigente Paulo Rodrigues considera que os polícias têm motivos para se sentirem ofendidos.
A associação sindical dos profissionais de polícia recusou-se a participar nas reuniões promovidas pelo ministro da Administração Interna porque considera que não se trata de uma negociação.
Miguel Macedo chamou os sindicatos e associações das forças de segurança para discutir maneiras de minimizar os cortes salariais e o aumento do subsistema de saúde (SAD) de 2,5 para 3,5 por cento.
O ministro informou os sindicatos de que vai promover 600 elementos da PSP - 500 na categoria de agentes - e aumentar, em 25 euros mensais, o subsídio de fardamento, que vai começar a ser pago em abril, com retroativos de janeiro.