O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), manifestou-se hoje contra a redução de comboios em circulação na Linha de Cascais fora das horas de ponta, que a CP determinou para vigorar a partir deste domingo.
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Em nota enviada à agência Lusa, Carlos Carreira considerou que esta é uma «medida que vem na senda de outras que a empresa já tinha tomado em 2011» e adiantou ter entrado já em contacto com a administração da CP e com a Secretaria de Estado dos Transportes, «ficando agendadas reuniões para a próxima terça-feira, dia 20, de modo a analisar e a eventualmente reverter a decisão tomada».
O autarca lembrou, no comunicado, que a administração da CP «assumiu o compromisso de monitorizar atentamente a evolução e comportamento da procura na Linha de Cascais, realizando os ajustamentos que se justificassem».
Segundo o presidente da Câmara de Cascais, esta linha «é uma infraestrutura decisiva como elemento socialmente insubstituível na política de mobilidade metropolitana que serve diariamente milhares de cidadãos de Lisboa, Oeiras e Cascais, e de muitos outros concelhos».
Para o autarca, a responsabilidade pela situação da Linha de Cascais «é transversal a vários governos, que desinvestiram grosseiramente» na via, «em especial o anterior governo do PS, que anulou o concurso público de aquisição de novas carruagens».
A Linha de Cascais passou, a partir de hoje, a ter menos 51 comboios - os que faziam o trajeto rápido entre as 10:00 e as 17:00 -, e ter novos horários de circulação, informou a CP-Comboios de Portugal. Na Linha de Cascais, que liga esta vila ao Cais do Sodré, em Lisboa, circulavam 251 comboios por dia e agora passam a circular 200.