Autarca de Águeda defende "medidas urgentes" e "mudança na lei" para combater incêndios e travar abandono do interior
Populações de quinze concelhos do sul ao norte de Portugal protestam este sábado contra os incêndios florestais e contra a destruição e abandono do interior
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O presidente da câmara de Águeda defende "medidas urgentes" para combater os incêndios e travar o abandono do interior. Jorge Almeida não conhece os manifestantes da Rede Emergência Florestal, que, este sábado, protestam contra os incêndios, em 15 concelhos, começando por Águeda. Em declarações à TSF, autarca defende, ainda assim, que é urgente mexer na lei para defender as povoações mais pequenas, localizadas no meio da floresta.
"Precisamos de tomar medidas urgentes para defender os aglomerados populacionais pequenos e as pequenas povoações que estão no meio da floresta. Precisamos de aumentar a resiliência e garantir segurança às pessoas que vivem nessas pequenas povoações, precisamos de agrupar as diversas propriedades que são minúsculas", explica à TSF Jorge Almeida, sublinhando que "tem de haver uma mudança na lei".
O presidente da câmara de Águeda quer também um reforço dos meios dos efetivos no terreno: "Vemos carros de combate a incêndios em todo o país com mais de 40 anos, não têm segurança, temos de ter capacidade reforçada de combate."
Populações de quinze concelhos do sul ao norte de Portugal protestam este sábado contra os incêndios florestais e contra a destruição e abandono do interior, numa ação convocada pela Rede Emergência Florestal/Floresta do Futuro.
Os protestos decorrem este sábado em Águeda e Aveiro (distrito de Aveiro), Arganil, Coimbra, Lousã e Oliveira do Hospital (Coimbra), São Pedro do Sul (Viseu), Sertã e Proença-a-Nova (Castelo Branco), Pedrógão Grande e Leiria (Leiria), Braga, Lisboa, Porto e Odemira (Beja).
Segundo a organização, as diversas localidades “unem-se para protestar contra a reiterada demissão do poder público em relação à floresta e aos incêndios florestais que há muito deixou de ser incompetência para não ser mais do que a prática reiterada de permitir a destruição e desertificação do país, começando no mundo rural”.