Autarca de Évora diz que vandalismo contra exposição do Expresso tem "razões políticas"
Inaugurada na semana passada, a exposição do jornal Expresso intitulada "50 capas, 50 anos" foi vandalizada durante a noite com símbolos nazis.
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O presidente da Câmara de Évora considera que há "razões políticas" por detrás do vandalismo contra a exposição do jornal Expresso, que assinala os 50 anos do semanário e tem circulado por várias cidades do país.
Inaugurada na semana passada, a mostra intitulada "50 capas, 50 anos" foi vandalizada durante a noite com símbolos nazis com recurso a tinta de latas de spray, quando o jardim onde estava exposta já se encontrava fechado ao público.
"Eu acho que estas atitudes têm algum cariz político, como se pode ver pelos símbolos, pelas atitudes que são tomadas, pelos alvos que têm e eu diria que é preciso estar atento", afirmou o edil, em declarações à TSF.
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Para Carlos Pinto Sá, não se trata de uma questão de falta de policiamento, até porque esta já não é a primeira exposição vandalizada na cidade. O presidente da Câmara de Évora, eleito pela CDU, recua atrás no tempo e recorda atos de destruição por ocasião do centenário do PCP. Recentemente outra exposição sobre a comunidade LGBT tinha sido objeto de vandalismo na cidade.
"O que é facto é que há estes dois casos agora muito recentes e houve momentos anteriores - estou-me a lembrar da destruição de bandeiras aquando do aniversário do PCP, por exemplo - a destruição de alguma propaganda política e de equipamento municipal", contou.
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Carlos Pinto Sá adiantou ainda que o município informou as autoridades policiais dos atos e apresentou queixa, uma vez que, apesar de a exposição não ser da autarquia, foi feito um protocolo entre as partes para a exposição estar patente na cidade alentejana.
"Não temos tido problemas significativos de segurança, mas naturalmente aquilo que é pedido nestas circunstâncias é que as forças de segurança avaliem as medidas que devem tomar de forma a que garantam a prevenção destas situações", considerou.
O autarca destacou também os mais recentes dados que revelam que "o concelho e distrito de Évora são dos mais seguros do país".
"Do ponto de vista da segurança, os dados estatísticos não apontam para problemas de segurança. Eu acho que estas atitudes têm algum cariz político, como se pode ver pelos símbolos, pelas atitudes que são tomadas, pelos alvos que têm e eu diria que é preciso estar atento", insistiu.