O presidente da câmara de Monchique, Rui André, estima que sejam necessários 5 a 6 milhões de euros para estabilizar os solos afetados pelas chamas.
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O presidente da Câmara de Monchique não esconde a apreensão e avisa que se nada for feito, pode vir aí um segundo desastre.
Os efeitos da erosão dos solos e deslizamento de terras podem ser ainda piores do que os provocados pelo incêndio da última semana. Rui André revela, em entrevista à agência Lusa, que esta semana, tem encontros marcados com vários responsáveis, para encontrar medidas de emergência que permitam estabilizar os solos afetados pelas chamas.
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O autarca faz contas à destruição e calcula que sejam necessários 5 a 6 milhões de euros para este trabalho exaustivo e de emergência. Rui André espera que o dinheiro venha do governo e rapidamente.
Olhando ainda para o impacto do fogo, o presidente da câmara de Monchique adianta que milhares de sobreiros terão morrido, provocando um rombo muito grande na produção de cortiça.
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Rui André recorda que o fogo em 2003 já tinha afetado os sobreiros, que se encontravam agora numa fase de regeneração. Mas com o incêndio da última semana, será muito difícil as árvores poderem recuperar.
O presidente da Associação de produtores de aguardente de medronho do Barlavento algarvio explica que a melhor área de sobreiros desapareceu do mapa. As árvores, que produziam dez vezes mais cortiça do que os sobreiros do Alentejo, foram consumidos pelas chamas e já não vão rebentar.
O presidente da câmara, Rui André, deseja que esta seja uma oportunidade de corrigir erros do passado, esperando que o plano de reordenamento económico da serra de Monchique esteja pronto até dezembro, para ser aplicado durante 6 a 7 anos.
Para isso, o autarca exige medidas de exceção, por parte do governo.