Autarca de Montemor-o-Velho só deslocaliza aldeias em risco em último recurso
Ainda assim, Emílio Torrão faz notar que João Matos Fernandes não está "a ver mal as coisas" quando fala da importância de deslocalizar aldeias em risco de sofrer com fenómenos climáticos.
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O presidente da Câmara de Montemor-o-Velho admite que a sugestão do ministro do Ambiente e da Ação Climática de deslocalizar as aldeias em risco de sofrerem com fenómenos climáticos seria a ideal, mas sublinha que a ideia é difícil de concretizar. Ouvido pela TSF, Emílio Torrão defende que o que é preciso é apostar na prevenção.
"Essa era uma solução ideal, mas eu tenho muita dificuldade em tirar as pessoas de casa, mesmo em vias de acontecer uma catástrofe. Essa é daquelas soluções que, muito dificilmente, poderão ter uma implementação prática no imediato. Aquilo que hoje podemos resolver são medidas de prevenção contra este tipo de alterações climáticas e só mesmo em ultima ratio (último recurso) deslocalizar essas aldeias ou essas zonas", defende.
Ainda assim, Emílio Torrão faz notar que João Matos Fernandes não está "a ver mal as coisas".
"Com as alterações climáticas, cada vez vão sendo mais fortes os fenómenos de aguaceiros e de inundação que obrigarão num futuro não imediato a que estas pessoas sejam sensibilizadas a deslocalizar as duas habitações", lembra.
Quanto à situação atual destas aldeias, Emílio Torrão que "a situação está estável".
"No leito central, está baixar o nível, de uma forma muito acentuada, o que nos dá alguma segurança e estabilidade e alguma acalmia. Estamos a monitorizar e acreditamos que as pessoas podem ter um Natal descansado", remata.