Autarca de Palmela e trabalhadores elogiam produção de novo modelo da Volkswagen na Autoeuropa

O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, elogia o anúncio da produção de um novo modelo da Volkswagen na Autoeuropa a partir de 2025 e diz tratar-se de uma excelente notícia para o concelho e para os trabalhadores.

"Para nós constitui naturalmente uma excelente notícia que vem confirmar até a expectativa que tínhamos dado nos últimos tempos. Temos trabalhado com a fábrica no sentido de apreciar e agilizar um conjunto de procedimentos e processos que já nos tinham sido apresentados, que passam não apenas pela eficiência energética, uma nova ETAR, mas sobretudo por uma nova fábrica de pintura, especificamente também para viaturas elétricas, e vem num excelente momento depois de alguns comentadores e economistas especialistas na matéria terem anunciado há uma semana os perigos que havia da Autoeuropa sair de Portugal", reconhece à TSF Álvaro Amaro.

O autarca de Palmela elogia a estratégia e a opção do grupo alemão.

"É a confirmação que toda a estratégia da fábrica e do grupo, de reinvestimento nas condições que o município tem acompanhado e ajudado a fazer parte da solução, visavam precisamente garantir a continuidade e a vinda de um novo modelo para esta fábrica que tem uma excelente dinâmica de trabalho, tem técnicos e trabalhadores muito empenhados e, portanto, é uma boa notícia para Palmela, para a região e para o país", afirmou o presidente da Câmara de Palmela.

Álvaro Amaro diz ainda que a produção do novo modelo traz sustentabilidade para o futuro de Palmela e para o país.

"Um excelente passo para termos aqui um horizonte de trabalho, de criação de oferta de emprego e de aumento da produção que é importante. São milhares de postos de trabalho com, a montante e a jusante, um conjunto de outras empresas que dependem neste cluster automóvel que temos aqui no concelho de Palmela. Diria que para toda a Área Metropolitana de Lisboa, mas em particular para Palmela, é sinónimo de que vamos poder alimentar esta esperança de estabilidade e com horizontes de sustentabilidade e futuro", explicou.

Audio audio TSF\audio\2023\06\noticias\05\alvaro_amaro_3_sustentabilidade Ouça as declarações de Álvaro Amaro à TSF

Do lado da empresa, o coordenador da comissão de trabalhadores, Rogério Nogueira, mostra-se satisfeito com o anúncio da produção de um novo modelo da Volkswagen na Autoeuropa e entende que mostra o investimento do grupo alemão na fábrica de Palmela.

"Com certeza que é positivo. Significa que a Volkswagen continua a apostar na fábrica de Palmela e, acima de tudo, a reconhecer o profissionalismo e a responsabilidade que têm os trabalhadores da fábrica da Autoeuropa", sublinhou Rogério Nogueira.

O coordenador espera ainda que, em 2025, as condições laborais sejam melhores que as atuais na Autoeuropa, que emprega milhares de trabalhadores.

"Muito mal estaríamos se estivéssemos à espera da chegada desse modelo para melhorar as condições laborais da Autoeuropa. Isso é algo em que trabalhamos diariamente e é sempre o foco da comissão de trabalhadores todos os dias: melhorar cada vez mais as condições laborais dos trabalhadores da Autoeuropa. Portanto esperamos, quando chegar esse modelo, que as condições laborais da Autoeuropa sejam ainda melhores do que são agora", acrescentou o coordenador da comissão de trabalhadores.

Audio audio TSF\audio\2023\06\noticias\05\rogeiro_nogueira_2_melhores_condicao Ouça as declarações de Rogério Nogueira à TSF

A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, vai produzir um novo modelo da Volkswagen, que chegará ao mercado em 2026, anunciou a administração aos trabalhadores este fim de semana.

Numa entrevista ao jornal Público, o diretor-geral, Thomas Hegel Gunther, explicou que a produção deste novo veículo, um híbrido, começará em 2025.

A marca germânica vai gastar 600 milhões no novo modelo, na modernização e na descarbonização. São mais 20% do que os 500 milhões anunciados há ano e meio.

No final da atual década, vai ser preciso decidir onde fazer novos investimentos para novos modelos. Espanha já ficou com elétricos e uma fábrica de baterias, mas Gunther garante que Portugal continua relevante.