Fernando Ruas diz que é fundamental fazer entregas públicas de subsídios, uma vez que as pessoas têm de saber para que estão a ser usados os dinheiros públicos.
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O presidente da câmara de Viseu garantiu transparência total na atribuição de subsídios, uma prática que diz ter seguido ao longo das últimas duas décadas.
Perante acusações vindas do PS e do CDS que o acusam de caciquismo e de esturricar dinheiro públicos, Fernando Ruas admitiu a entrega pública de subsídios, pois, caso contrário, estaria a entregar dinheiro às escondidas no gabinete.
«Acho fundamental fazer estas entregas públicas. Os pedidos são públicos e eu no gabinete é que entregava assim às escondidas? Tenho a obrigação e o dever de dizer às pessoas para que são os dinheiros públicos para as pessoas poderem criticar», disse.
Fernando Ruas lembrou ainda que qualquer subsídio atribuído é alvo de um protocolo onde ficam bem claras as obrigações de cada partes, por exemplo, da junta, câmara e instituição.
O autarca indicou ainda que a entrega de subsídios às igrejas poderá coincidir com o princípio ou fim de missas ou mesmo aniversários e festividades das instituições.
Admitindo que tem de ter uma «ação discricionária», Fernando Ruas lembrou, contudo, que qualquer pedido de subsídio é votado em reunião de câmara.
«Tenho de saber se aquela instituição que tenho apoiado há anos já precisa menos do que a outra que apareceu agora. Isto é discricionário, naturalmente, mas têm de confiar na pessoa que elegeram», acrescentou.