Autarca diz que Odivelas tem "um problema" de entrega de água do rio Trancão no Tejo
À TSF, o presidente da câmara de Odivelas revela que a ribeira galgou as margens.
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Odivelas não escapou ao temporal que afeta a região de Lisboa e, na madrugada desta terça-feira, registou um deslizamento de terras e a ribeira galgou as margens. Essa situação, de acordo com o presidente da câmara, era impossível de acautelar, porque o município tem um problema.
"Quando existe uma coincidência, uma confluência e uma simultaneidade entre a maré estar cheia, o rio Trancão não conseguir entregar as suas águas no Tejo e os afluentes do Trancão não conseguirem entregar as suas águas no Trancão, não há solução que resista. As águas recuam e ficam nas várzeas. Vejam o estado da várzea de Loures e Odivelas. Veja-se as regiões mais baixas da cidade de Lisboa", diz à TSF Hugo Martins.
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Para o autarca, é um "problema que terá de ser estudado pelas entidades competentes". E insiste: "Para mim, hoje ficou muito claro aquilo que eu já suspeitava na quarta-feira e que tive a oportunidade de ver na rua: trata-se essencialmente de uma simultaneidade e de uma coincidência com a maré cheia e a falta de entrega dos rios no Tejo."
Nesse sentido, o presidente da câmara de Odivelas pede que o problema seja tratado "do ponto de vista macro".
"Terá de haver, por parte das entidades competentes - e falo do poder local e do poder central e aquelas que são as entidades responsáveis -, que têm de olhar para isto do ponto de vista macro e não apenas do ponto de vista da mitigação local. Nós tivemos hoje um local da ribeira de Odivelas onde o rio galgou a margem. Não tivemos mais nenhuma situação", refere.