A Comunidade Intermunicipal do Algarve quer falar com o ministro Paulo Macedo, porque não percebe a transferência do helicóptero do INEM para o Alentejo.
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Os autarcas algarvios pediram uma reunião urgente com o ministro da Saúde, isto depois de ter sido transferido para Beja o helicóptero do INEM que tem estado em Loulé.
No Algarve, fica apenas um helicóptero pesado Kamov que os autarcas dizem que não poderá fazer aterragens de emergência na EN125 ou na antiga Via do Infante.
O Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Algarve considera que esta decisão é uma desconsideração pela região, onde o helicóptero fez 87 por cento da sua atividade.
De acordo com o presidente desta comunidade, uma hora depois de ter sido retirado para o Alentejo, «estava a ser requisitado para vir aqui fazer um serviço».
Para Macário Correia, esta transferência vai implicar uma «perda da qualidade do socorro prestado, porque o número de minutos nalguns casos pode ser expressivo nalgumas patologias».
«Penso que o Governo deve saber ouvir, escutar e ponderar as decisões e nessas questões e noutras estamos sempre disponíveis para ir a uma reunião em Lisboa, para receber aqui alguém e para nos darem uma explicação».
«Não tomem decisões que não tomem decisões que são delicadas para os algarvios sem contarem com a nossa opinião e a nossa sugestão», concluiu Macário Correia, que disse que são tomadas decisões «à revelia» e que se tem conhecimento «através da comunicação social».
Entretanto, contactado pela TSF, o INEM confirmou a transferência deste helicóptero para Beja e fala num novo mapa de distribuição dos helicópteros de emergência médica, que envolve uma poupança anual de dois milhões de euros.