Pelo menos até 5 de abril a fábrica de Palmela não estará em funcionamento.
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A Autoeuropa vai prolongar a paralisação por mais uma semana. Pelo menos até 5 de abril a fábrica de Palmela estará parada, depois de a primeira suspensão da atividade ter sido fixada até o final de março.
A decisão foi comunicada aos trabalhadores, que dizem estar preocupados. À TSF, Fasto Dionísio, coordenador da Comissão de Trabalhadores, explica que "estes dias ainda serão pagos dentro do pacote de 15.º mês, ou seja, correspondem a dias normais de trabalho".
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No entanto, tal não acontece daqui para a frente. "Começamos a ficar preocupados com esta paragem prolongada, e não sabemos se fica por aqui, mas a saúde das pessoas está primeiro", argumenta Fausto Dionísio.
Enquanto a produção está suspensa, um grupo de trabalhadores avançou para a produção de viseiras de proteção contra a Covid-19. A Autoeuropa começou por doar máscaras e fatos, a pedido dos hospitais de Santa Maria e Curry Cabral, em Lisboa. Depois desta doação, os trabalhadores decidiram ajudar ainda os hospitais da região de Setúbal, onde a fábrica está instalada.
"Como demos máscaras e fatos de proteção ao hospital de Santa Maria e ao Curry Cabral, os trabalhadores interrogaram-se por que não tinham dado aos hospitais da região", começa por dizer o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa. "Esta iniciativa das viseiras surge para responder a um pedido de ajuda dos hospitais de referência da fábrica: Barreiro e hospital São Bernardo, em Setúbal."
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As primeiras viseiras produzidas na Autoeuropa vão ser entregues esta quarta-feira ao hospital São Bernardo, em Setúbal. No total, os voluntários da Autoeuropa contam produzir 200 viseiras para o hospital em Setúbal e mais 70 para o hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro.