Autópsia de auxiliar do IPO "não estabelece qualquer relação" com vacina da Covid-19
Os dados foram divulgados pelo gabinete da ministra da Justiça.
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Os resultados preliminares da autópsia feita à funcionária do IPO do Porto que faleceu dois dias depois de ter sido vacinada contra a Covid-19 revelam que a morte não está relacionada com a vacinação. A mulher de 41 anos morreu no primeiro dia do ano e, de acordo com a família, não tinha problemas de saúde.
Em comunicado, o Ministério da Justiça afirma que a causa de morte está sob segredo de justiça e por isso não poderá ser revelada.
No entanto, e tendo em conta as preocupações que surgiram na opinião pública, o gabinete de Francisca Van Dunem optou por revelar que os resultados preliminares da autópsia feita ao corpo da mulher não encontraram "qualquer relação" entre a morte e a vacina.
Durante a conferência de imprensa desta terça-feira, a diretora-geral da Saúde explicou que o caso estava em análise.
"Há fenómenos que podem estar temporalmente relacionados", reconheceu Graça Freitas. A DGS confirmou que as causas concretas da morte ainda estão por apurar.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.286 pessoas dos 436.579 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Comunicado na íntegra:
"Autópsia de funcionária do IPO não estabelece relação direta com vacina contra a Covid-19
Considerando a fase inicial de vacinação contra a COVID-19 em que nos encontramos e considerando as preocupações e dúvidas apresentadas sobre se a causa de morte de cidadã Portuguesa vacinada na data de 30-12-2020 se deveu à vacina contra a COVID-19 a que se submeteu, informa-se, sem qualquer referência à causa da morte que se encontra abrangida pelo segredo de justiça, que os dados preliminares resultantes da autópsia médico-legal hoje realizada não evidenciam qualquer relação entre a morte e a vacina a que foi sujeita."