Avaliações "à distância" foram solução para o 1.º semestre na Universidade de Coimbra
Recomendações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior levaram à suspensão das avaliações e à transição para a modalidade remota.
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No dia 21 de janeiro, a comunidade académica de Coimbra acordou com a notícia da suspensão de todas as atividades presenciais e o adiamento das avaliações em curso.
Com a época de exames já iniciada, a Universidade de Coimbra (UC) decidiu terminar o processo através de plataformas "online", uma solução semelhante à utilizada nos exames realizados em 2020. João Pereira, estudante da licenciatura em Gestão da Faculdade de Economia, entende que a adaptação foi mais fácil por este motivo. O aluno diz mesmo que fazer avaliações à distância retira "alguma pressão", mas não sente "grande diferença" em relação aos exames presenciais.
A boa adaptação à alternativa remota é também destacada por quem examina. Licínio Lopes, professor da Faculdade de Direito, elogia o "excelente comportamento" dos estudantes, num processo que diz ter sido "estável" para alunos e professores.
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Entre faculdades, departamentos e professores, os métodos de avaliação não foram uniformes. Paulo Coelho, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia, dá o exemplo dos seus exames, onde os estudantes tinham de manter a "câmara e o microfone ligado" e de estar "disponíveis para partilhar o ecrã" da chamada. As regras tinham como objetivo tentar controlar o maior risco de fraude por parte dos alunos. Paulo Coelho explica ainda que procurou variar as formas de avaliação, com apostas em avaliação contínua, exames mais curtos ou mesmo por consulta.
As diferenças de metodologia são, para Manuel Providência, aluno da licenciatura em Direito, um aspeto a corrigir para o futuro. O estudante explica que reduzir as "desigualdades nos métodos de avaliação" é essencial para garantir que os alunos são "devidamente avaliados".
Num balanço do processo, Manuel Providência considera que a transição da avaliação presencial para o método remoto foi feita com "tranquilidade". Ainda assim, deixa críticas a um "excesso de otimismo" que levou à falta de um processo de "levantamento das dificuldades" atempado.
Já Licínio Lopes realça que a avaliação presencial deve ser prioritária, mas que a experiência deixa clara a necessidade de "ter sempre um plano B" definido.
Com o fim das avaliações, as aulas estão de regresso. O segundo semestre da Universidade de Coimbra tem início marcado para a próxima segunda-feira, e vai decorrer na modalidade de ensino à distância.
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