A ideia é avaliar "outras competências" para além das disciplinas habituais.
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A Secretária de Estado da Igualdade disse, no Fórum TSF, que o objetivo é que "trabalhar ao nível da cidadania nas escolas", de forma que, "no fim de cada ciclo letivo, os jovens, para além das competências nas áreas formais, como o Inglês, o Português e a Matemática, possam ser avaliados" noutras áreas em que se pretende que adquiram conhecimentos.
Catarina Marcelino entende que se trata da "medida mais estruturante", porque não se trata de " uma medida paliativa, nem de intervenção em risco".
A governante revela que a primeira reunião para concretizar esta ideia está marcada já para esta quarta-feira. O objetivo é ter "em breve" um projeto na escola, porque, "a cada ano, quando não investimos na cidadania, estamos a contribuir para que, durante uma década, haja menos resposta e mais dificuldades".
"Estratégia nacional"
A Secretária de Estado da Igualdade diz que já começou a trabalhar um grupo que integra o Estado e organizações não-governamentais e cujo objetivo é "definir uma estratégia nacional de prevenção da violência doméstica.
Esse grupo reuniu pela primeira vez no dia 28 de janeiro e tem agora encontros a cada três meses para discutir as políticas públicas e analisar que alterações são precisas na Lei, para concretizar essa estratégia.
Catarina Marcelino sublinha que "não pode passar apenas por mais casas abrigo" e é necessária uma "melhor articulação entre as diferentes áreas de intervenção: Justiça, Administração Interna, apoios sociais".
A ideia é também encontrar mais resposta no interior do país, que a governante considera estar "muito a descoberto". Por isso, é preciso "envolver os municípios e as comunidades locais", torná-las "mais ativas".
Nesse sentido, já está a ser desenvolvido um projeto no Litoral Alentejano e a Secretária de Estado da Igualdade conta assinar os primeiros protocolos em março.