Portugal é dos países da Europa Ocidental em que o AVC mais mata e incapacita
Sociedade Portuguesa de Cardiologia faz o diagnóstico às doenças do coração no país.
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Portugal é o país da Europa Ocidental onde mais pessoas têm hipertensão arterial e um daqueles onde os acidentes vasculares cerebrais (AVC) têm impactos mais negativos para os doentes. Esta são duas das conclusões de um estudo feito pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia.
O chamado "Atlas da Cardiologia" conclui que Portugal não está mal nas doenças do coração, mas há áreas que levantam maior preocupação. Entre esses problemas, Victor Gil, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia dá o exemplo da hipertensão, um problema crónico de demasiados portugueses e que parece ser uma questão cultural.
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A outra área problemática está relacionada com as consequências dos AVC que em Portugal têm, em geral, efeitos mais negativos que noutros países.
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O representante da sociedade médica sublinha que até agora não tem sido possível dar uma resposta tão "rápida, precoce, com rigor e eficácia" a quem tem um AVC, como já acontece com quem tem, por exemplo, um enfarte do miocárdio.
As consequências acabam por ser mais casos de paralisia ou deficiências da fala em consequência de episódios de AVC.
Em resumo, o estudo conclui que o país "tem resultados claramente insatisfatórios em termos do impacto do acidente vascular cerebral na mortalidade, anos de vida perdidos ajustados por incapacidade, anos de vida vividos com incapacidade e anos de vida perdidos".