Líder dos bombeiros locais garante que, se a aeronave tivesse feito o primeiro contacto com o fogo, "nada disto tinha acontecido".
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O presidente dos Bombeiros de Palmela, Octávio Machado, criticou esta quarta-feira, na TSF, a chegada demasiado tardia de um avião ao combate ao fogo que lavra no concelho e que "tem vindo a complicar-se".
Em declarações à TSF, e já depois de ter criticado a falta de meios aéreos no local - numa altura em que dizia haver apenas dois helicópteros investidos no combate -, Octávio Machado registou a chegada de um avião ao local, mas assinalou que esta aconteceu "tardíssimo".
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"Tenho a certeza absoluta de que se tem vindo logo no primeiro contacto, nada disto tinha acontecido", garantiu o líder dos bombeiros de Palmela.
Octávio Machado deixou também uma palavra de "solidariedade" aos bombeiros portugueses e às populações "que têm vindo a perder anos de trabalho" com a destruição de olivais, vinhas ou hortas, criticando de seguida as declarações do primeiro-ministro, António Costa, que tinha dito esta terça-feira que o estado "não é uma companhia de seguros".
Sobre a situação no local, o representante dos bombeiros criticou também a falta de prevenção, que fica "muito no papel".
"Lamento profundamente, fico muito triste e amargurado, todos sabiam que estamos numa zona protegida, a serra da Arrábida, e podia ter havido maior vigilância, mas sabemos que isso é tudo muito no papel e depois, na prática, não acontece", criticou.
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Este fogo, notou, "não devia ter acontecido" e Octávio Machado responsabiliza "todos aqueles que venderam ao povo português um sistema que tem vindo desde 2005 a ser implementado e a falta de investimento naqueles que são a espinha dorsal" do sistema de Proteção Civil.
"Há falta de equipamento desde 2005", denunciou também, bem como de "investimento nos bombeiros voluntários".
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