Investigação encontrou falhas nos controlos do avião do Cazaquistão que tinha acabado de ser sujeito a uma manutenção profunda na OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal.
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O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários conclui que houve falhas na manutenção do avião da Air Astana que em novembro voou descontrolado sobre os céus de Lisboa até aterrar de emergência em Beja.
A conclusão obriga a OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, de onde a aeronave da companhia aérea do Cazaquistão tinha acabado de partir, depois de uma manutenção profunda em Alverca, e a Embraer (o fabricante) a mudarem procedimentos.
Entre as falhas encontradas foi possível confirmar que nos controlos do avião houve uma "incorreta instalação do sistema de cabos de comando dos ailerons, em ambas as semi-asas".
A investigação permitiu identificar ainda "desvios aos procedimentos internos por parte do prestador de serviços de manutenção que levaram a que o erro não fosse detetado nas diversas barreiras de segurança desenhadas pelos reguladores, indústria de manutenção aeronáutica e no próprio sistema implementado no prestador de serviços de manutenção".
Erros e falhas que levam o gabinete que investiga acidentes a alertar agora a OGMA e a Embraer que precisam de mudar a forma como fazem os trabalhos de manutenção nas aeronaves, sendo que alguns desses problemas já começaram a ser resolvidos segundo o relatório agora divulgado.