Balão de oxigénio. Muitos editores superam vendas de 2019 na Feira do Livro de Lisboa

Leonardo Negrão / Global Imagens
Editores e livreiros fazem um balanço muito positivo da 90.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que terminou ontem.
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Bruno Pacheco, secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), diz que ainda não têm os números finais, mas, em entrevista à TSF, assegura que para a maioria dos comerciantes as vendas superaram as expectativas.
"Tenho alguns editores que dizem que venderam mais até do que na edição de 2019, a maior parte diz que está mais ou menos alinhado, que tiveram uma variação positiva mas com uma faturação muito semelhante à de 2019 e há alguns casos que registaram quebras na faturação. Mas são poucos e eram esperados, porque a edição deste ano não teve como é habitual dois feriados, que comercialmente são dias muitos bons, e teve menos um dia", sustenta.
Para o secretário-geral da APEL, a Feira do Livro de Lisboa foi um balão de oxigénio para o setor e trouxe ânimo para o resto do ano: "A feira acabou por ser um momento muito importante após três meses de uma quebra muita acentuada na venda do livro em Portugal e o que se realizou neste evento será uma contribuição muito importante para o resto do ano e dá algum ânimo."
Bruno Pacheco explica que o evento "não só ajudou a mitigar as quebras nas vendas dos últimos meses, como é algo que deixa ânimo junto de todos os players do setor para o resto do ano, esperando que numa ou noutra ocasião em que as vendas de livros são fortes, como o período de Natal, possa corresponder aquilo que se passou na feira do livro em Lisboa e que isso ajude a corrigir a quebra de vendas que tivemos no início do ano com a pandemia".
O representante dos livreiros sublinha que, mesmo ao nível da saúde pública, esta edição da Feira do Livro de Lisboa foi um sucesso, todos tinham o cuidado de respeitar as regras sanitárias e não houve registo de qualquer incidente.
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