"Balão de oxigénio" para editores e livreiros. Feira do Livro de Lisboa arranca hoje
A Feira do Livro de Lisboa é oficialmente inaugurada esta quinta-feira às 17h00 e decorre até 13 de setembro.
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Uma feira de esperança. É assim que a organização da Feira do Livro de Lisboa classifica a edição número 90 do certame que começa esta quinta-feira no Parque Eduardo VII.
Bruno Pacheco, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), diz, em entrevista à TSF, estar moderadamente confiante para esta que é uma das maiores feiras de sempre.
"Acaba por ser a segunda maior Feira do Livro de sempre em número de pavilhões e em número de participantes, superada apenas pela Feira de 2019, mas, ainda assim, com números superiores à de 2018. É a maior feira a nível de oferta editorial. É a que tem mais chancelas ou marcas editoriais presentes, o que nos deixa com muito entusiasmo e muito expectantes que a mesma possa correr muito bem", começa por explicar.
A Feira do Livro de Lisboa é uma ajuda para os livreiros e editores afetados pela pandemia: "A quebra é muito significativa e nós estimamos que, eventualmente, o setor possa ter quebras no final do ano na ordem dos 30 a 35 milhões de euros. E não será claramente a feira que irá compensar essas vendas. Nós estimamos que numa edição normal o volume total de vendas do evento poderá andar na ordem dos cinco milhões de euros. Se não se realizasse, seria algo muito penalizador, realizando-se e sendo um número próximo disto será um balão de oxigénio para grande parte dos editores e livreiros e para alguns poderá significar a subsistência da sua atividade", sustenta Bruno Pacheco.
Por causa da pandemia, o espaço da feira do livro sofreu alterações. O plano de contingência aprovado pela Direção Geral da Saúde contempla o uso obrigatório de máscara e gel desinfetante em todos os pavilhões. A lotação está limitada a 3.300 pessoas em simultâneo, num espaço que Bruno Pacheco considera ser bastante arejado, até porque foram retirados alguns espaços de restauração e equipamentos não-essenciais: "Vai ser uma feira mais arejada, com muito mais espaço livre."
Questionado sobre o risco de folhear os livros no ato da compra, o secretário-geral da APEL garante que ele será quase nulo se houver sensatez: "Acreditamos também no bom senso, que as pessoas vão manusear apenas aquilo de que precisem, que em teoria terão entrado no evento e terão higienizado as suas mãos, vão ter dispensadores em todos os pavilhões, não haverá limitações especiais (...) e toda a gente vai usar máscara".
A Feira do Livro de Lisboa é oficialmente inaugurada esta quinta-feira às 17h00 e decorre até 13 de setembro.