De acordo com o Boletim Económico de dezembro, a atividade económica só vai acelerar "a partir da segunda metade de 2023".
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No Boletim Económico de dezembro, publicado esta sexta-feira, o Banco de Portugal aponta para um crescimento de 6,8% do PIB em 2022 e uma inflação de 8,1%, também em 2022.
De acordo com os dados esta sexta-feira publicados, em 2023 "o crescimento será contido no primeiro semestre, num quadro de incerteza global, erosão do poder de compra, aperto das condições financeiras e enfraquecimento da procura externa", pode ler-se no documento.
Só "a partir da segunda metade de 2023, a atividade acelera".
Quanto à inflação, "atinge 8,1% em 2022, reduzindo-se para 5,8% em 2023, 3,3% em 2024 e 2,1% em 2025. Esta diminuição gradual reflete a redução do preço internacional das matérias-primas energéticas, alimentares e outras, bem como menores pressões da procura resultantes de uma política monetária mais restritiva".
Segundo o Boletim Económico, "a redução da inflação é responsabilidade primordial da política monetária, mas deve envolver a coordenação dos vários agentes económicos, para benefício da sociedade. Num contexto de perda de termos de troca da economia - que implica uma perda de rendimento real que deve ser partilhada - é importante a coordenação das expectativas em torno do objetivo de estabilidade de preços do Banco Central Europeu", conclui.