Prazo para a banca entregar declaração para o pagamento do adicional de solidariedade termina nesta terça-feira. Corretora Infinox acredita que BCP será o maior contribuidor.
Corpo do artigo
BCP, Santander e Caixa Geral de Depósitos deverão ser os bancos que mais vão contribuir para o adicional de solidariedade criado pelo Governo no Orçamento Suplementar.
Nas contas da corretora Infinox Portugal, o Millennium, vai entregar ao Estado cerca de 6 milhões de euros, e "será o banco que vai contribuir mais porque é o que tem mais depósitos", afirma o analista Pedro Amorim.
Depois, estão o Santander Totta e a Caixa Geral de Depósitos, com 5,5 milhões de euros cada um. O caso do banco público pode causar surpresa por não estar mais acima na lista de maiores pagadores, mas o especialista afirma que apesar da CGD ser "o maior banco português", o seu volume de depósitos remete-o para o lugar de "segundo ou terceiro maior contribuidor", com a entrega ao Estado de um valor semelhante ao do Santander, em torno de "5,5 milhões de euros".
O BPI e o Novo Banco devem pagar "à volta dos 3 milhões de euros cada um".
A crise provocada pela pandemia trouxe uma retração do consumo, e Pedro Amorim sublinha que "o Estado apercebeu-se de um aumento da taxa de poupança, e os passivos dos bancos são as poupanças dos portugueses".
"A taxa", continua, consiste em "pegar em todos os depósitos que os portugueses têm no banco e aplicar-lhe uma taxa de 0,02%".
A contribuição adicional de solidariedade foi criada no Orçamento Suplementar para 2020 (estando já garantida a continuação em 2021) e acresce à contribuição extraordinária que os bancos já pagam. A taxa é de 0,02% sobre os passivos dos bancos, constituídos pelos depósitos. A receita reverte para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social