Barreira de areia que separa mar da Lagoa de Santo André rompida esta terça-feira
Está marcada para as 17h00, a união anual entre as águas da lagoa de Santo André e o mar.
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O processo é sempre feito por altura do equinócio da primavera com recurso a maquinaria, rompendo o cordão dunar e criando uma abertura artificial entre a lagoa e o mar, no concelho de Santiago do Cacém.
À TSF, o presidente da junta de freguesia de Santo André, David Gorgulho, adianta que se trata de uma operação de "extrema importância para o ecossistema e a biodiversidade", que tem como objetivo a renovação das espécies e a limpeza da água da lagoa.
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No ano passado, a operação esteve agendada por duas vezes, a 18 e 31 de março, mas acabou por ser cancelada devido à seca que colocou a água da lagoa num nível extremamente baixo.
Este ano, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) informou a autarquia que "o rompimento da barra arenosa que separa a Lagoa de Santo André do mar" está agendada para esta terça-feira, pelas 17h00.
De acordo com a entidade gestora, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha inclui duas lagoas costeiras bem como pequenas lagoas em depressões dunares, e uma faixa marinha adjacente abundante em anelídeos e bivalves, alimento de várias espécies piscícolas marinhas. Os peixes que se destacam na lagoa de Santo André são a enguia e a pardelha, espécie rara em Portugal. A lista de espécies de aves ultrapassa as 270.