O vice-presidente da bancada socialista advertiu que votará no Parlamento de acordo com a sua consciência e que não hesitará em deixar a direção da bancada se deixar de ter condições políticas.
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Basílio Horta falava aos jornalistas, depois de interrogado se, além da saída de Pedro Nuno Santos, poderão registar-se novos casos de demissão na direção do Grupo Parlamentar do PS.
«A permanência nestes lugares é sempre um ato de consciência e eu permanecerei [vice-presidente] enquanto a minha consciência me possibilitar. Quando verificar que não posso estar, não hesitarei em sair, como sempre fiz na minha vida», respondeu o fundador do CDS e deputado independente do PS.
Em relação às suas expetativas para a reunião do Grupo Parlamentar do PS, hoje à noite, com a presença do secretário-geral, António José Seguro, o ex-presidente da AICEP disse esperar «que as coisas melhorem e que o partido olhe para os desempregados, para os pobres e olhe para o que está a acontecer em Portugal».
Questionado se o Grupo Parlamentar do PS tem levantado dificuldades à afirmação da estratégia da direção dos socialistas no país, Basílio Horta disse que apenas responde por si.
«Em todo o lado tenho lutado [pela afirmação do PS]. Ao longo de 40 anos de vida pública, estou habituado a ser disciplinado, mas a votar de acordo com a minha consciência em matérias em que a consciência é mais importante do que a política. Não abdicarei disso», avisou.