Médicos da Costa Rica deveriam estar a exercer no centro de saúde de Torres Novas, mas há quatro meses que recebem sem trabalhar. O bastonário responsabiliza o anterior executivo por esta situação.
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O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, diz que o anterior Governo conduziu mal o processo de contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país.
Nove médicos da Costa Rica estão em Portugal há quatro meses, a receber salário mas sem exercer a profissão por causa da falta de um "convénio de reciprocidade".
O bastonário José Manuel Silva diz que o caso está nas mãos dos governos dos dois países.
«O processo dos colegas da Costa Rica não está completo, portanto a Ordem não pode concluir a sua inscrição, é tão simples quanto isso», esclareceu o bastonário.
Questionado sobre quando ficará resolvida esta situação, José Manuel Silva explicou que «isso depende de uma intervenção entre Governos. É necessário um certificado de reciprocidade, que ainda não nos foi presente, para completar a inscrição. Não podemos aceitar que alguém nos venha dizer para facilitarmos as coisas».
Justamente por isso, o bastonário considera que o anterior executivo não acautelou todos os aspectos relativos à contratação destes médicos.
«Foi um processo mal conduzido, desnecessário, feito em cima do joelho e, infelizmente, os responsáveis do anterior Ministério da Saúde não tiveram o cuidado de analisar toda a documentação que era necessária e só permitirem a vinda desses colegas estando eles inscritos na Ordem dos Médicos», esclareceu José Manuel Silva.
«Alguém cometeu esse erro. A responsabilidade não é da Ordem [dos Médicos]», acrescentou.