O bastonário da Ordem dos Médicos mostra-se contra à possibilidade de casais homossexuais ou famílias monoparentais virem a recorrer à procriação medicamente assistida.
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O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, é contra o recurso à procriação medicamente assistida, nomeadamente por casais do mesmo sexo.
Apesar de ainda não existir uma posição oficial da Ordem sobre as propostas de alteração à lei da procriação medicamente assistida que vão ser discutidas e votadas na assembleia da república na próxima quinta-feira, a título pessoal, José Manuel Silva falou, esta noite, à TSF sobre o assunto, dizendo que os direitos da criança têm ficado para segundo plano na discussão.
«Aquilo a que tenho assistido traduz-se, em alguns aspectos, numa análise feita muito na perspectiva do adulto e quase nada na perspectiva da criança. Estão provavelmente a ser pouco considerados e valorizados os direitos da criança. A criança tem determinados direitos e expectativas que devem ser respeitados na lei da procriação medicamente assistida», referiu.
Questionado sobre alguns exemplos, José Manuel Silva destacou «a expectativa de ter um pai e uma mãe».
Já sobre as chamadas "barrigas de aluguer", José Manuel Silva diz que devem ser um último recurso.