O banco junta-se, assim, ao BPI. O Santander Totta, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco ainda não praticam a cobrança.
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O banco BCP começou a cobrar por transferências bancárias feitas por MB Way esta segunda-feira, e junta-se assim ao BPI, que arrancou com a cobrança em maio.
Esta informação, avançada pelo Jornal de Negócios , foi divulgada pelo BCP em precário e indica que passará a cobrar 1,248 euros (incluindo imposto de selo) pelas transferências que usem a 'app' (aplicação) MBWay.
Já aos clientes que usem a aplicação do próprio banco serão cobrados 52 cêntimos (incluindo imposto do selo).
Ficam isentos desta comissão os clientes até 23 anos e aqueles que têm pacotes como programa Prestígio, o que, diz fonte oficial do banco, beneficiará "mais de um milhão de clientes, mais de metade do total" dos clientes do BCP.
No início de fevereiro foi conhecido que, a partir de 1 de maio, o BPI passaria a cobrar 1,20 euros por transferências que se realizem através da 'app' MB Way.
Fonte oficial do BPI confirmou então que o banco passaria a cobrar quando um cliente seu desse ordens de transferência através da aplicação MB Way, mas acrescentou que já na BPI App seria também possível fazer transferências MBWay e que "neste canal o preçário continua isento (0 euros) para todos os clientes BPI".
O Santander Totta disse então que não cobra comissões em transferências MBWay e que ainda não decidiu sobre uma futura cobrança, mas considerou "normal que, sendo um serviço prestado, venha a ser cobrado".
Pela Caixa Geral de Depósitos, fonte oficial afirmou que "a Caixa não está a cobrar comissões de transações em MB Way", ou seja, está a isentar de taxas este serviço, isto "apesar de já ter há vários meses o valor de 0,20 euros no preçário".
O Novo Banco tem no seu preçário uma cobrança de 15 cêntimos, mas ainda não a pratica, segundo a imprensa.
O MB Way foi desenvolvido pela SIBS, empresa gestora da rede multibanco, que tem dito que é "do foro comercial" de cada banco cobrar por transferências por MB Way.
No ano passado, numa conferência no Banco de Portugal, em Lisboa, um responsável do Banco central Europeu (BCE) criticou este sistema digital de pagamentos e transferências da SIBS por ter sido desenvolvido para servir apenas clientes de bancos portugueses, quando o objetivo atual na União Europeia é criar soluções pan-europeias, segundo o Observador.
A SIBS indicou na semana passada que o número de operações realizadas com MB Way no primeiro trimestre deste ano ultrapassou 10,3 milhões, tendo triplicado face ao mesmo período de 2018.
A MB Way, aplicação para telemóveis que permite efetuar compras, pagamentos ou transferências de dinheiro sem ser necessária a utilização física de cartões de débito e de crédito, tem atualmente mais de 1,25 milhões de utilizadores que fazem mais de 3,5 milhões de operações por mês.
A SIBS divulgou estes números depois de o jornal Público ter noticiado que o anúncio da criação de comissões está a travar o número de operações através do MB Way.