O BE acusou o primeiro-ministro de ser «um agente de vendas da banca», depois de Passos Coelho ter defendido que o futuro do sistema de segurança social terá de incluir «um pilar privado».
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Em entrevista ao Correio da Manhã, o primeiro-ministro defendeu que o futuro do sistema de pensões passa pela introdução de «um pilar privado para efeitos de financiamento das reformas», tendo como base a aplicação de um 'plafond' mais baixo às pensões a serem pagas pelo sistema público.
O deputado bloquista José Gusmão disse este domingo, em conferência de imprensa, em Lisboa, que Passos Coelho apela ao investimento privado, depois de um «negócio absolutamente ruinoso para o Estado», referindo-se à transferência dos fundos de pensões da banca, que «não só descapitalizou a segurança social como instituiu uma autêntica borla fiscal» para a banca.
Na entrevista ao Correio da Manhã, o primeiro-ministro estima que a economia portuguesa comece a crescer em 2013 e que «até 2015 o Estado vá buscar muito menos recursos do que tem ido buscar aos portugueses nos últimos dez anos».
Sobre estas afirmações, o deputado do BE eleito pelo círculo de Santarém considera que Passos Coelho «começou a operação da campanha eleitoral para 2015, vindo dizer que depois do crescimento económico em 2013, poderá prometer aos portugueses uma redução de impostos até 2015, que por acaso é um ano de eleições».
Quanto à sugestão de Passos Coelho para que os professores olhem para o «mercado de língua portuguesa» como uma alternativa ao desemprego da classe profissional, o deputado do BE considera que este tipo de mensagem «já tem precedentes» neste Governo.