O BE diz que um eventual reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira é um sinal preocupante para a Europa. O PCP receia que Portugal siga os passos da Grécia. O CDS-PP considera muito importante que estes dois países não sejam comparados. O PSD está expectante quanto à próxima Cimeira Europeia, agendada para domingo.
Corpo do artigo
Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, considera que as notícias sobre o possível reforço do Fundo de Estabilização Financeira são um mau sinal.
«Hoje fontes do Governo alemão dão a entender que seria possível subir os valores do fundo europeu de 450 mil milhões para um ou dois biliões de euros, o sinal que uma medida dessas daria é de que a Europa está à espera que depois das dificuldades da Grécia, da Irlanda e de Portugal outros países, como a Itália ou a Espanha, estejam elas próprias a ser forçadas a recorrer a um fundo desse tipo», adianta.
Francisco Louçã considera ainda que esta cimeira europeia, agendada para domingo, é muito importante porque acontece depois da Europa ter fracassado na resposta à crise. O coordenador do Bloco de Esquerda quer que Passos Coelho defenda uma solução consistente.
Quanto a Jerónimo de Sousa a preocupação passa por evitar em Portugal o exemplo grego que pode acabar em tragédia.
«Na Grécia em que se chegou aos limites do social insuportável em que se verifica que o país em termos de recessão, de desemprego, de injustiças e pobreza acentuou as dificuldades apesar de serem aplicadas paulatinamente medidas dolorosas àquele povo devia servir-nos como exemplo», considera Jerónimo de Sousa, temendo que em Portugal o desfecho possa ser dramático.
À direita, também Nuno Melo, do CDS-PP, diz que é muito importante que Portugal e Grécia não possam ser comparáveis.
Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, reconhece as dificuldades de Portugal, mas considera que o país deve ter um comportamento optimista e de esperança.