O BE quer que a «semana de trabalho» volte a ser de 35 horas, uma medida com «provas históricas dadas», para que se possa «partilhar» o trabalho, «valorizar» os salários e «criar» novos postos de trabalho diminuindo o desemprego.
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Em Braga, no encerramento das jornadas parlamentares, nas quais estiveram em destaque a Saúde e o Emprego, o líder do grupo parlamentar do bloco, Pedro Filipe Soares admitiu ser precisa «coragem» para implementar a proposta bloquista.
No entanto, apontou, o facto de cerca de 100 autarquias terem contrariado as diretivas governamentais para implementar as 40 horas semanais de trabalho, continuando nas 35, «mostra que é possível» que o horário de trabalho volte a ser de 7 horas diárias.
«O BE propõe que a semana de trabalho seja a das 35 horas, partilhando o trabalho, valorizando o salário. Uma medida com provas históricas, quando foi aplicada no passado teve implicação direta ao reduzir um 5 por cento a taxa de desemprego», disse.
Com esta medida, o BE pretende ainda «impedir a emigração brutal» admitindo, porém, que esta é uma medida em «contraciclo» e que terá «dificuldade» em ser aplicada.
«Temos a consciência que é uma proposta que precisa de coragem para a sua implementação», apontou Pedro Filipe Soares.
No entanto, «este é o horário que está já em cima da mesa em muitas autarquias», referindo-se "aos mais de 100 municípios" que contrariam a diretiva do Governo e continuam a aplicar as 35 horas semanais em vez das 40 estipuladas pela maioria.
Alias, disse, «está a ser aplicado já em parte do país então tem que ser generalizado».