Inquérito aos 70 mil jovens que participaram no última Dia da Defesa Nacional aponta o álcool como o comportamento aditivo mais preocupante nestas idades.
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Um estudo sobre "Comportamentos Aditivos aos 18 anos" feito com base num inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional concluiu que o álcool e as embriaguezes são os comportamentos de maior nocividade registados entre os jovens.
O inquérito, feito em 2015, revela que 63% dos jovens tiveram uma bebedeira ligeira nos últimos 12 meses e 30% uma embriaguez severa.
Mas há ainda 47% que assumiram ter praticado um consumo conhecido como "binge drinking", ou seja, beber grandes quantidades de álcool em pouco tempo com o objetivo de ficar bêbedo.
Quando se olha para os consumos de substâncias potencialmente viciantes, o estudo conclui que no último ano 83% dos jovens beberam álcool, 52% fumaram tabaco e 24% usaram substâncias ilícitas. Nas drogas, a canábis é a mais comum (23%).
Os consumos anteriores são sempre maiores entre os rapazes do que entre as raparigas, sobretudo nas drogas.
Ao nível regional, destaca-se o maior consumo de álcool e tabaco no Alentejo, de substâncias ilícitas no Algarve e de tranquilizantes/sedativos sem prescrição médica nos Açores.
Vale a pena sublinhar, contudo, que apenas uma pequena minoria declarou ter sentido problemas nos últimos tempos devido ao consumo de álcool (7%) ou de drogas ilícitas (4%).
O álcool surge mais associado a problemas na condução, a atos de violência ou condutas desordeiras e relações sexuais desprotegidas, enquanto o consumo de drogas ilícitas aparece mais associado a problemas financeiros, condutas em casa ou mau rendimento escolar ou no trabalho.