Belém diz que é preciso «garantir» que jovens que emigram regressem a Portugal
A meio do último ano de mandato, Cavaco Silva vai querer saber, afinal, o que significa ser jovem em Portugal.
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Depois da natalidade, do papel de Portugal no mundo, e das rotas de Abril, a Presidência da República organiza a 4ª Conferência dos Roteiros do Futuro, na primavera do próximo ano, e promete contributos para definir o que é ser jovem e português.
É um intrigante fenómeno, que precisa de estudo e reflexão.
Certo de que a juventude portuguesa tem futuro, mas que esse futuro segue por caminhos pouco estudados, João Lobo Antunes, comissário das conferências Roteiros do Futuro, propõe-se encaixar as peças do puzzle e «ter uma visão que articule este intrigante fenómeno de ser jovem».
Esse retrato ficaria mais completo com dados concretos, estatísticos.
Não assumindo compromissos, fonte da presidência revelou que Belém vai tentar reeditar um estudo de 2008, sobre os jovens e a política, alargando o âmbito do inquérito e comparando resultados.
Em tempos de crise, a saída de jovens para o estrangeiro é tema inevitável.
João Lobo Antunes admite que esse fluxo «é imparável», e que o que é preciso garantir é que o talento regresse ao país. «Faltam postos de trabalho, acolhimento de instituições de ensino e investigação e recrutamento a nível de certas profissões. Tem que se trabalhar na retaguarda», analisa Lobo Antunes.
A Conferência fica marcada para Maio do próximo ano.
O tema da quarta e última conferência Roteiros do Futuro foi divulgado hoje, dia em que ficou disponível o livro sobre a conferência deste ano, que serviu para celebrar os 40 anos do 25 de Abril. O livro junta todas as intervenções dos dois dias de conferência, e pode ser descarregado, em formato e-book, na página da Presidência da República - presidencia.pt