A bloquista Ana Drago lembrou que as comissões de acompanhamento das privatizações da TAP e da ANA entraram em funções poucos dias antes das decisões que serão tomadas.
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O Bloco de Esquerda classificou, esta terça-feira, as comissões de acompanhamento das privatizações da TAP e da ANA como de «branqueamento deste processo».
«É uma comissão que lava mais branco certamente porque não se compreende como assumem funções neste quadro, com este calendário definido e com tudo o que é importante já estabelecido», acrescentou a bloquista Ana Drago.
A deputada referia-se ao facto de estas comissões estarem em funções há uma semana e de estes elementos prestarem declarações no Parlamento a dois dias da decisão sobre a privatização da transportadora aérea e a dez da venda da ANA.
O presidente da comissão de acompanhamento da privatização da TAP rejeitou estas acusações e assegurou que não existirá qualquer «branqueamento».
Apesar disto, Amado da Silva admitiu que «nomear no princípio acompanha muito melhor do que acompanha depois» e que «não está nem podia estar» no mandato das comissões a análise do interesse público da operação.
Este antigo presidente da ANACOM, que lembrou que seria preciso «no mínimo um mês» para se conseguir este objetivo, explicou que o que será feito é dar assessoria técnica ao Governo naquilo que as comissões souberem responder.
«As dúvidas pomo-las lá todas. Não vamos esconder nada. Mas branquear é que não branqueio», explicou Amado da Silva, que assegurou que as comissões «não têm um carimbo na mão para carimbar as decisões do Governo».
Amado da Silva frisou que essa hipótese «está fora de questão» e assegurou que «não tem jeito para carimbar» nem tem carimbos, por isso «não vamos carimbar nada».