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Os bloquistas querem que o Governo reconsidere ou então que apresente um estudo que fundamente a decisão de recuperar o exame da 4ª classe.
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O exame seletivo no final da 4ª classe é um regresso ao passado que o Bloco de Esquerda não aceita. A deputada Ana Drago defende que decisão de recuperar esta prova só pode ser entendida como «nostalgia».
«Este Governo não apresenta um estudo, uma justificação, uma comparação internacional que justifique esta política. Tem é uma nostalgia da escola do Estado Novo, onde muitos meninos faziam o exame da 4ª classe porque era o último que faziam e nunca mais estudavam», contestou.
Ana Drago desafia o Ministro da Educação a responder a uma pergunta: «Como é que no espaço europeu cria esta exceção de ter um exame seletivo ao nível do final do primeiro ciclo. Não existe noutros países da Europa, não é feito, não é sequer recomendado, pelo contrário é desaconselhado pelas principais organizações internacionais», afirmou.
O que leva a deputada a concluir que há uma lógica errada na política de Nuno Crato.
«Vai cortando em tudo o que é investimento na área da Educação, vai cortando nas disciplinas, no número de professores (...) e vai multiplicando os exames como se essa fosse uma política de qualidade», criticou.
Para inverter o rumo, o Bloco quer acabar com aquilo a que Ana Drago chama «bizarria do sistema de ensino».
«Queremos eliminar o regresso do exame eliminatório da 4ª classe, queremos discutir os processos de avaliação em Portugal», sublinhou.
O projeto já deu entrada nos serviços da Assembleia da República e contém ainda uma recomendação, para que o Governo dê mais importância à formação e viva menos obcecado com os resultados.