Bloco rejeita a existência de "paraministros" e garante que só negoceia com membros do Governo
Questionada sobre a hipótese de ser António Costa Silva a suceder ao atual ministro das Finanças, Mário Centeno, a coordenadora do Bloco não comentou, salientando que essa é uma decisão que compete ao primeiro-ministro.
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O Bloco de Esquerda só negoceia com membros do Governo e rejeita a existência de "paraministros", afirmou hoje a coordenadora do partido, comentando a manchete do Expresso segundo a qual um gestor petrolífero está a assumir esse papel.
O semanário escreve que o gestor da petrolífera Partex António Costa Silva "tornou-se uma espécie de 'paraministro'" e que "já acompanhou Costa em reuniões com empresários e já começou as reuniões com cada um dos ministros", a primeira das quais com o titular da pasta do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
"O senhor primeiro-ministro é aconselhado por quem acha que pode fazer esse trabalho, é livre de o escolher. O Bloco de Esquerda, naturalmente, negoceia com membros do Governo, como fez até agora e como mandam, aliás, as regras da boa transparência da nossa democracia", afirmou, salientando que "a figura de paraministro não pode existir."
No Expresso escreve-se que Costa Silva já está a negociar um plano de retoma da economia e que se vai reunir com parceiros e partidos.
"As pessoas que têm competência para tomar decisões em Portugal, que estão sujeitas não só a um regime de incompatibilidades e impedimentos estritos como de transparência sobre os seus rendimentos são membros do Governo: ministros e secretários de Estado", apontou Catarina Martins.