
Tuna
A Última Gravação de Krapp, é o regresso de Nuno Carinhas ao Teatro Nacional S. João, no Porto, para esta peça de Samuel Bekectt, com estreia, esta quinta-feira, 13 de abril no Teatro Carlos Alberto.
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Termino aqui esta gravação. Caixa três, bobine cinco. Estas são as palavras de Krapp, numa noite, nostálgica, com o relógio a passar da meia noite. Nuno Carinhas, que regressa agora ao Teatro Nacional, onde foi diretor, para encenar esta peça, de um lirismo melancólico.
É a voz gravada, nestas bobines que baralha a nossa ideia da vida de Krapp. resgatar memórias, a própria memória é tantas vezes aquela voz do próprio Krapp gravada, igual à voz que ressoa dentro da cabeça de Krapp. Todos os dias de aniversário, Krapp, ouve o que gravou e faz uma nova gravação. Já lá vão trinta anos.
Esta é uma peça sem música, apenas a voz que no entanto vai sendo gravada e ouvida. Nuno Carinhas diz que é a única peça que encenou que não tem música. Krapp, grava, em cada dia de aniversário, talvez seja a útlima? Talvez não!
Diz Krapp: Passa da meia-noite. Nunca nada foi tão silencioso. Como se a terra fosse desabitada. Termino aqui esta gravação. Caixa três, bobine cinco.
Texto Samuel Beckett, Encenação, cenografia e figurino Nuno carinhas, Interpretação João Cardoso
Assistência de encenação João castro, Tradução Francisco luís parreira, Desenho de luz Nuno Meira
Desenho de som Francisco leal
Coprodução
Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional São João
A Última Gravação de Krapp, com encenação de Nuno Carinhas estreia, hoje, quinta-feira, 13 de abril, no Teatro Carlos Alberto, no Porto, às quartas-feiras, quintas-feiras e sábados, às 19h00, sextas-feiras, às 21h00, e domingos, às 16h00, até 23 de abril.