Bombeiros de Sintra e Amadora suspendem transporte de doentes não urgentes a partir de dia 4
As dez corporações de bombeiros de Sintra e Amadora anunciaram esta terça-feira a suspensão, a partir de 4 de Janeiro, do serviço de transporte de doentes não urgentes contratado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Corpo do artigo
As direcções das nove corporações de Sintra e a da Amadora estiveram reunidas esta terça-feira à tarde e deliberaram «por unanimidade» suspender este serviço até que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) «altere procedimentos» de pagamentos, disse à agência Lusa o presidente da direcção da associação de bombeiros de Agualva-Cacém, Luís Silva.
As corporações alegam que o novo Sistema de Gestão Transportes de Doentes da ARSLVT, que instituiu novas regras no pagamento desses transportes, retirou aos bombeiros a sua «mais importante receita», uma vez que provocou quebras de 70 por cento de facturação.
Segundo o presidente da direcção da associação de bombeiros de Agualva-Cacém, «desde Setembro que a Administração Regional de Saúde alterou regras de pagamento do serviço de transporte de doentes não urgentes, não contemplando o retorno do doente transportado às unidades hospitalares e alterando o preço por quilómetro».
«Nesta altura a taxa de saída das ambulâncias com um utente são 7,5 euros. Os restantes utentes pagam 1,5 euros. Como a ARS não paga o retorno, acabamos por estar a transportar pessoas a 75 cêntimos. Isto não dá nem para o combustível e cada tripulação de dois homens no mínimo são dez euros à hora», explicou.
O responsável adiantou que o serviço de transporte de doentes não urgentes contempla o transporte de doentes para tratamentos, consultas, fisioterapia e hemodiálise e apenas os serviços contratados pela ARSLVT serão suspensos.
As corporações de bombeiros agendaram para quinta-feira uma conferência de imprensa, às 10:30, nas instalações dos bombeiros de Agualva-Cacém, na qual pretendem «explicar à população porque é que é insustentável manter este serviço».