Presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais justifica decisão com o impasse na aprovação de um estatuto profissional.
Corpo do artigo
Os bombeiros profissionais vão aderir à greve da função pública da próxima semana por terem receio que termine mais uma legislatura sem que seja aprovado o estatuto desta classe profissional. Apesar de ter havido alguns avanços nas negociações com o Ministério da Administração Interna (MAI), Fernando Curto assegura que não é suficiente.
"Todos os bombeiros profissionais deste país estão descontentes porque não há uma uniformização da carreira deste setor, estamos há dez anos à espera dessa uniformização e ainda que estejamos a discutir com o MAI - já se conseguiram algumas alterações - estamos preocupados porque teimosamente o estatuto não sai", explica o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP).
TSF\audio\2019\02\noticias\08\08_fernando_curto_1
Os bombeiros dependem de vários organismos e querem ver o tema "finalizado". "Queremos ter um estatuto com uma única coluna vertebral, com uma responsabilidade grande perante as populações", esclareceu o responsável.
Como tal, Fernando Curto justifica a adesão dos bombeiros profissionais à greve da função pública, para mostrarem o "descontentamento e a morosidade com que este processo está a ser tratado".
"Temos algum receio que ao fim de dez anos termine mais uma legislatura e que o estatuto dos bombeiros profissionais não seja aprovado. Temos algum receio que acabe a legislatura e que fiquemos novamente pendurados como temos ficado ao longo dos últimos dez anos", alerta Fernando Curto.
TSF\audio\2019\02\noticias\08\09_fernando_curto_2
Para a próxima semana está marcada mais uma reunião com o Governo, numa altura em que os bombeiros profissionais exigem alterações à ultima proposta do Executivo para o estatuto profissional.