Bombeiros querem passar a cobrar tempo de retenção das ambulâncias nos hospitais
António Nunes explica que se uma ambulância ficar sete horas à espera, a fatura apresentada ao hospital será de 300 euros. Contactada pela TSF, a Direção-Executiva do SNS não reage à proposta apresentada pela Liga dos Bombeiros.
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A Liga dos Bombeiros Portugueses vai exigir que os hospitais pagem às corporações pelo tempo que as macas das ambulâncias ficam retidas nos hospitais. A proposta já foi enviada à Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para que entre em vigor a partir da próxima quarta-feira, dia 10 de janeiro.
Em declarações à TSF, o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, explicou que no caso de uma ambulância que fique sete horas à espera, a fatura apresentada ao hospital será de 300 euros.
"Recomendamos que para o primeiro bloco de duas horas, após a primeira, 50 euros. Para o segundo bloco de duas horas, após essas três horas, cem euros. Para o terceiro bloco de duas horas, após essas essas cinco horas, 150 euros e cada bloco seguinte, 150 euros de duas horas", disse António Nunes.
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Questionado sobre qual a garantia de que os hospitais vão pagar os valores exigidos, António Nunes esclareceu que se não for possível resolver o problema por esta via, serão tomadas "outras posições".
"Não sabemos quais, mas não há problemas irresolúveis", atirou.
O presidente da Liga dos Bombeiros considerou que a situação trata-se de um "problema de gestão" e reiterou que as "ambulâncias fazem falta".
"Temos ambulâncias 16 horas à espera muitas vezes num hospital a 100 quilómetros do quartel dos bombeiros. Isto não faz sentido nenhum! Nós estamos a ser vítimas de uma gestão inadequada e não podemos suportar os custos inerentes a essa má gestão", concluiu António Nunes.
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Contactada pela TSF, a Direção-Executiva do SNS não reagiu à proposta apresentada pela Liga dos Bombeiros e remeteu a discussão de assuntos para a reunião agendada entre as duas entidades para a próxima terça-feira, dia 9 de janeiro.