Bombeiros queixam-se de atrasos no Hospital de Braga que retêm ambulâncias.
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Várias corporações de bombeiros do distrito de Braga queixam-se dos tempos de espera de "hora e meia a duas horas" no serviço de triagem do Hospital de Braga, provocando constrangimentos na disponibilidade de ambulâncias para socorro. Fonte hospitalar confirma "ligeiro aumento" dos tempos de espera mas rejeita que haja "falta de profissionais".
O comandante interino dos Bombeiros Voluntários de Braga, Pedro Ribeiro, revelou à TSF que entre sexta e segunda feira últimas tiveram que ser acionadas ambulâncias de outros concelhos porque as daquela corporação estavam retidas no Hospital de Braga. "As que tínhamos disponíveis na cidade para um socorro mais rápido estavam, efetivamente, ocupadas e tiveram que vir meios de fora do concelho, nomeadamente de Amares, Taipas, Viatodos, Vila Verde. Também a Cruz Vermelha registou um número anormal de serviços", relatou. Isto porque o serviço de triagem do Hospital de Braga demorou, em determinados períodos, "uma hora, hora e meia, duas horas" para receber os doentes, situação que afetou "não apenas os Bombeiros Voluntários de Braga mas também outras corporações".
Esta situação, adiantou ainda o comandante interino dos Bombeiros Voluntários de Braga, Pedro Ribeiro, terá originado atrasos no socorro à população: "quando tem que vir alguém de fora claro que demora mais tempo, estamos a falar de corporações que estão desviadas até 18 quilómetros. O socorro chega mas mais atrasado".
Contactada pela TSF fonte do Hospital de Braga remeteu explicações para um comunicado onde se confirma que houve um "ligeiro aumento" dos tempos de espera para triagem devido a "alguns picos de maior afluência registados em determinados períodos horários". Uma situação justificada com um "considerável aumento da população na região" em período de férias, nomeadamente um "aumento de traumas motivados por acidentes de viação e outros acidentes em espaços exteriores".
No mesmo comunicado, o hospital rejeita, no entanto, que haja falta de recursos humanos no serviço de urgência, garantindo que "estão a ser desenvolvidos todos os esforços para uma resposta atempada de forma a não criar constrangimentos".