BPN: Seguro diz que «ninguém pode ficar de fora» do apuramento de toda a verdade
O secretário-geral do PS recusou-se a comentar se o ex-primeiro-ministro José Sócrates deve depor na comissão de inquérito sobre o Banco Português de Negócios (BPN), mas exigiu o apuramento de toda a verdade, «doa a quem doer».
Corpo do artigo
António José Seguro falava antes de discursar num almoço debate promovido pelo International Club os Portugal, num hotel de Lisboa e no qual também esteve presente o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.
Interrogado pelos jornalistas se o PS aceitará que o ex-primeiro-ministro José Sócrates seja chamado a depor na comissão de inquérito parlamentar sobre a nacionalização e privatização do BPN, António José Seguro alegou que, enquanto deputado, não faz parte dessa comissão de inquérito.
«Mas exijo que seja apurada toda a verdade - e ninguém pode ficar de fora dessa responsabilidade. Não sou membro da comissão parlamentar de inquérito do BPN e respeito muito os membros dessa comissão de inquérito», respondeu.
De acordo com o líder dos socialistas, as dúvidas manifestadas por Bruxelas em relação ao processo de venda do BPN ao Banco BIC «demonstram a validade da iniciativa do PS de avançar com a constituição de uma comissão de inquérito com caráter potestativo».
«Os portugueses têm o direito de saber como o seu dinheiro está a ser aplicado, sobretudo em momentos de crise. O PS será implacável, quer saber toda a verdade, custe o que custar e doa a quem doer. Essa é uma responsabilidade que assumimos perante os portugueses», frisou.