Começa esta quinta-feira a VII edição da Bienal da Máscara, em Bragança. São três dias dedicados a um dos mais carismáticos elementos de identidade da região: a máscara.
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As máscaras levam para vários locais da cidade exposições, artesãos ao vivo, teatro, oficinas para pais e filhos, concursos, colóquios, etc.
O momento alto da bienal está reservado para a tarde de sábado com um cortejo de caretos pelas ruas de Bragança, que este ano vai ter como novidade a introdução de carros de bois alegóricos puxados pelos caretos. Um momento que pretende reproduzir parte de algumas festas dos rapazes, típicas do período de Natal, nalgumas aldeias do nordeste transmontano.
"Porque há determinadas festas no Natal, Santo Estêvão até aos Reis e a lenha dos Santos em que saem carros de bois que são puxados pelos próprios rapazes. É o caso de Ousilhão, Grijó de Parada, Parada, Cidões, etc. Esses carros vão estar aqui a participar no desfile. É a primeira vez que acontece," diz António Tiza, presidente da Academia Ibérica da Máscara, uma das entidades organizadoras.
Como convidados da VII edição da Bienal vão estar as máscaras e os caretos da Galiza. Será também lançado um livro de banda desenhada, com o título "Natal dos Caretos", onde um avô leva o neto ao mundo da tradição das máscaras, da autoria de António Tiza e ilustração do cartoonista Zé da Fonte.
Na sexta -feira, a companhia Teatro Peripécia leva à cena no Teatro Municipal de Bragança, a peça Fardo. No Sábado, o centro de Arte Contemporânea, Graça Morais, abre as portas a oficinas sobre máscaras e caretos para pais e filhos.
A Bienal termina com a queima de uma enorme mascareto, com cerca de 5 metros de altura, no centro da cidade de Bragança.
A máscara é uma das principais referências da identidade cultural da região transmontana.