No Plano de Preparação e Contingência, consultado pela TSF, o Governo mostra-se preocupado com o impacto negativo das novas regras no fluxo de passageiros e mercadorias por via marítima.
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Caso a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) avance sem acordo, os transportes marítimos e portos nacionais vão aplicar as mesmas regras ao Reino Unido e a países fora da UE. Na prática, as mercadorias e passageiros britânicos ficam sujeitos a um controlo mais apertado.
No "Plano de Preparação e de Contingência para a saída do Reino Unido da União Europeia", elaborado pelo Governo e a que a TSF teve acesso, fica claro que este cenário pode levar a um "estrangulamento" dos portos, o que pode prejudicar o normal funcionamento dos serviços.
"No caso de saída sem Acordo, no Transporte Marítimo e Portos, aplicar-se-ão os mesmos procedimentos que a mercadorias de e para países terceiros, pelo que os portos poderão transformar-se em locais de estrangulamento de fluxos de passageiros e mercadorias, prejudicando assim a fluidez das atuais cadeias logísticas."
No documento lê-se que o elevado fluxo nos portos nacionais pode afetar o volume, trânsito e escoamento de mercadorias e implicar um aumento dos custos associados.
No que toca a cruzeiros, o documento alerta que é preciso minimizar os efeitos negativos, incluindo o congestionamento no fluxo de passageiros.